Qual é o novo perfil do conselheiro corporativo?

Em um passado não muito distante, era comum que o conselheiro fosse um ex-CEO, um profissional em fim de carreira, que buscava a posição como forma de se manter ativo durante a aposentadoria. Contudo, mudanças significativas vêm sendo notadas no perfil buscado pelas empresas, abrindo espaço também a profissionais mais jovens que tenham uma trajetória respeitável e atuem nesta posição de forma concomitante à vida executiva ou até mesmo fazendo uma migração de carreira.

Obviamente, os dois perfis apresentam vantagens e desvantagens. Os mais seniores possuem larga experiência e maturidade para lidar com os desafios constantes do mercado. Por outro lado, muitos não conseguem acompanhar os movimentos de transformação digital. Já os mais jovens têm a seu favor o domínio da tecnologia e uma mentalidade mais adequada aos novos comportamentos do consumidor da era digital. Mas, não possuem tanta vivência de mercado.

Independentemente da idade, a formação acadêmica deste profissional deve ser impecável. Não existe um curso ideal que prepare um conselheiro. Não há uma ciência lógica, afinal, este profissional é formado ao longo do tempo, e é muito mais avaliado pela sua capacidade de fazer o futuro do que pelo que fez no passado. Entretanto, colecionar resultados impecáveis, ainda que em poucos anos de carreira, é fundamental para acumular o conhecimento necessário para aconselhar empresas.

Somado a isso, esses profissionais são muito bem relacionados, com elevada reputação e credibilidade em sua área, tendo atuado em posições de destaque junto à diretoria de grandes corporações, mesmo que não tenha sido por um longo período. São pessoas com alta capacidade para analisar cenários complexos, desempenhando uma postura de pragmatismo e solidez.

A comunicação é outro item de destaque. Conselheiros precisam ter uma postura assertiva em seus discursos, apresentando grande competência para persuadir e influenciar pessoas. Sua rede de networking é intensa e diversa, o que o faz ter uma visão ampla e por diversos prismas diferentes.

Naturalmente, são profissionais curiosos e sempre dispostos a aprender, visto que lidam com desafios diferentes a todo momento, sejam advindos de mudanças econômicas, tecnológicas ou mesmo em relação ao comportamento do consumidor, que se transforma constantemente. Eles admitem que nunca sabem o bastante, tendo humildade para buscar conteúdo relevante o tempo todo. Precisam ser sempre bem-informados, já que devem estar à frente de seu tempo.

Concentrando todas essas habilidades técnicas e comportamentais, certamente, o conselheiro poderá contribuir muito para o direcionamento estratégico das empresas, independentemente de sua idade. Inclusive, o ideal é que as companhias busquem formar conselhos cada vez mais diversos, misturando a experiência da maturidade e a ousadia da juventude. Contar com profissionais que tenham opiniões, trajetórias e posicionamentos diferentes sempre irá abrir um espaço de debate mais abrangente.

Diversidade gera resultado efetivo em todas as áreas de uma empresa. No conselho, não poderia ser diferente.

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